Uivo primordial: resenha de “O lobo da estepe”, de Hermann Hesse – por Arthur Cabral

Esse livro me causou um desenvolvimento de caráter que apenas mulheres de qualidade etérea conseguiam fazê-lo, com seus trejeitos apaixonados e motivações misteriosas… afirmo positivamente que nesta obra encontra-se o mesmo princípio ativo de Uma temporada no inferno (Arthur Rimbaud), de Morangos Silvestres (Ingmar Bergman) e a Autobiografia de um iogue (Paramahansa Yogananda), catártico em cada passagem, preciso em cada anseio, acaricia gentilmente a multiplicidade do espírito humano em todo seu escárnio e virtude. Os tempos imemoriais uivam juntamente aos lobos pelas páginas deste livro. Enquanto Rimbaud passa uma temporada no inferno, Hesse passei pela infinitude.

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