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OFICINA DO HAICAI: Estética e Ética, com Edson Cruz

R$ 500,00

A Ria Livraria realiza a aula presencial OFICINA DO HAICAI: Estética e Ética, com o poeta Edson Cruz. São quatro encontros, às quintas-feiras, nos dias 19, 26/6 e 3, 10/7, das 19h às 21h, na sala Julio Plaza, localizada no segundo andar da Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, 58, do lado do metrô Vila Madalena). O investimento é de R$500,00 (podendo ser parcelado em 2x no cartão de crédito) e as vagas são limitadas.

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A Ria Livraria realiza a aula presencial OFICINA DO HAICAI: Estética e Ética, com o poeta Edson Cruz. São quatro encontros, às quintas-feiras, nos dias 19, 26/6 e 3, 10/7, das 19h às 21h, na sala Julio Plaza, localizada no segundo andar da Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, 58, do lado do metrô Vila Madalena). O investimento é de R$500,00 (podendo ser parcelado em 2x no cartão de crédito) e as vagas são limitadas.

Edson Cruz (Ilhéus/BA) é poeta, crítico e editor do portal MUSA RARA (www.musarara.com.br). Pratica o budismo há 30 anos. Foi fundador e editor do histórico portal de literatura Cronópios. É mestrando em Escrita Criativa na USP. Publicou doze livros: seis de poesia (Sortilégio, Sambaqui, Ilhéu, O canto verde das maritacas, Pandemônio e Negrura), uma adaptação em prosa do clássico indiano Mahâbhârata, um livro de depoimentos sobre o que seria a poesia, Musa Fugidia – a poesia para os poetas (Editora Moinhos). Em 2020, lançou Pandemônio. Em 2021, Fibonacci Blues – uma novela fractal e, em 2022, lançou Negrura, todos pela Kotter Editorial.

A OFICINA

Oficina para você que sempre quis entender, capturar e praticar dessa forma poética japonesa que se caracteriza pela concisão estética e uma profunda ética em diálogo com a natureza.

A prática do haicai não deve ser vista apenas como o exercício de um gênero poético; ela é, na verdade, um caminho espiritual (um , em japonês). É necessário embebedar-se da base filosófica que o permeia para que seu exercício não se torne um mero ato de tagarelice.

Além de recuperarmos a história do haicai e de seus mestres, exercitaremos algumas de suas estratégias de criação (tecnologias do olhar e do espírito, além das formais) e criaremos diariamente nossos próprios haicais.

Como asseverou o mestre Matsuo Bashô: “Não siga os antigos. Procure o que eles buscavam.”

PROGRAMA

O que iremos abordar:

  • A base filosófica do haicai: o budismo.
  • O haicai visto como uma espécie de satori.
  • Os koans e como abraçamos o paradoxo que ilumina.
  • Um pouco da história do haicai: do tanka de salão aos haicais.
  • A mola mestre do haicai: permanência x transformação.
  • A relação com as estações e a circularidade mutante do existir.
  • Leitura, tradução e comentários de haicais emblemáticos.
  • A forma, o corte e o kigo (estratégia formal).
  • Critérios estéticos japoneses: makoto, sabi, wabi, karumi
  • O caso Matsuo Bashô, o sr. Bananeira, mestre dos mestres.
  • Outros mestres: Issa, Buson, Shiki.
  • A produção das mulheres haijins (que criam haicais).
  • Um passeio pelos principais haibuns (diários de viagem).

A produção do haicai no Brasil: dos primeiros imigrantes, a ortodoxia do haicai, a influência de Guilherme de Almeida, Leminski, Alice Ruiz, entre outros e outras.

EXCERCÍCIOS PRÁTICOS

  • A renga como exercício lúdico do haicai (prática coletiva que inspirou os surrealistas).
  • A criação de duas ideias acabadas que faíscam a partir de uma observação direta.
  • A estratégia fotográfica da criação do haicai.
  • A deambulação como exercício estético e desperto: mapear os fenômenos de seu jardim e de seu bairro.
  • Exercícios de cosmologia em até 17 sílabas poéticas.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA UTILIZADA

  • Haikai – Antologia e História. Editora Unicamp, Paulo Franchetti e Elza Taeko Doi.
  • Introdução ao Zen-Budismo. Editora Pensamento, D.T. Suzuki. Prefácio de C.G. Jung.
  • Sendas de Oku. Roswitha Kempf/Editores, Matsuo Bashô. Tradução de Olga Savary.
  • Trilha Estreita ao Confim. Editora Iluminuras, Matsuo Bahô. Tradução de Kimi Takenaka e Alberto Marsicano.
  • Boa companhia: haicai. Companhia das Letras. Organização, seleção e introdução: Rodolfo Witzig Guttilla.
  • Haicais Completos. Aliança Cultural Brasil-Japão, Guilherme de Almeida.
  • Hai-Kais. Editora Olavobrás, Issa. Tradução de Alice Ruiz.
  • Isso não é arte. Editora Bestiário, Issa. Tradução de Ricardo Silvestrin.
  • Outro silêncio. Companhia das Letras, Alice Ruiz S.
  • Bashô. Coleção Encanto Radical, Brasiliense, 1983, Paulo
  • O eremita viajante [haikus – obra completa]. Assírio & Alvim, Matsuo Bashô, 2016.
  • A arte no horizonte do provável. Perspectiva, 1977, Haroldo de Campos, Ensaios.
  • São Paulo, 1996 – Editora Iluminuras, Alice Ruiz.
  • Natureza – Berço do Haicai. São Paulo, 1996 – Empresa Jornalística Diário Nippak. H. Masuda Goga e Teruko Oda.
  • Haiku, de R. H. Blyth. Tóquio, 1981 (idioma inglês) – The Hokuseido Press, 4 volumes.