Description
Com muito sangue, violência e estilo, Ana Paula Maia lança o olhar ao outro, e extrai, de cada um, sua qualidade mais humana. E assim subverte qualquer atitude condenável em feito redentor. Mas não há luz nesse heroísmo. Também não há trevas. É um momento repleto de cinzas, de um tom intermediário, suspenso no tempo. Uma atmosfera claustrofóbica, que envolve e hipnotiza o leitor. Como um soco no estômago, Carvão Animal nos rouba o ar. Penetra na carne, ossos e tendões. E nos coloca frente a frente com uma realidade muitas vezes despida de dignidade. Uma realidade não calma ou sonolenta. Mas que despedaça e desfigura. Como a morte que ronda esses personagens. É impossível desviar o olhar.