
Estou ali, bem ao lado dela, quando Brigitte lhe entrega o fio.
– Por favor, entregue para…
Não consigo ouvir direito.
Hilda está ao telefone, balança a cabeça positivamente e continua a conversa.
Dias depois recebo a ligação da Clarice, você sabe onde foi parar o fio?
Digo que entre em contato com a Hilda, foi ela quem recebeu. Sugiro que fale também com a Brigitte.
Ao saber do sumiço do fio, Bri, como era conhecida, ficou preocupada, ligou para Humberto que assim como José, deveriam estar com ele.
Ambos não sabiam de nada, ligaram para Hilda, que não atendeu a ligação, então, resolveram procurar o Mário. Este ligou para Augusto, que estava em uma viagem de barco, nada sabia do acontecido. Mesmo longe, sugeriu que falassem com Otto, mas ele não sabia do paradeiro.
O novelo já deve estar desenrolado, segue perdido, onde foi parar?
Ana César, também preocupada com o sumiço, pergunta para a Brigitte – Com quem foi deixado o novelo? – Entreguei para a Hilda, era para estar com Humberto e o José.
Ao Saber que não receberam o fio, Vinicius foi procurar pessoalmente o Jardel, que andava em um transe preto e branco e não fazia a menor ideia do que estava acontecendo.
Glauber que seguia em movimento, sugeriu que o fio fosse cortado em vários pedaços e colocados em uma nova estrutura dialética. Ligia alertou sobre o desconhecimento do paradeiro, procurem o Manuel. Nos becos em que frequentava nestes últimos dias, foi ao encontro de Murilo, Neto e Oswald. Nada feito, as pistas ainda eram vagas, somente uma pessoa poderá solucionar esta trama, este sumiço, este mistério sem fio, sem fim.
– Por acaso alguém saberia me dizer onde foi parar o novelo? Pergunta Helena.
– Ninguém sabe! É o que respondo.
Num súbito de coragem repito as informações mais óbvias, procure a Hilda ou fale com a Brigitte.
Ela parece me ouvir, caminha em direção a sala onde Bri, se encontra. Pergunta sobre o que está acontecendo – Cadê o fio?
Entreguei para Hilda, era para levar o novelo até a sala do Humberto e José.
Todos os caminhos levam a Hilda, temos que encontrá-la.
Helena, Brigitte, Humberto e José, no corredor, seguem em direção a sacada, estão à procura, na cola da sumida que não atende o telefone.
Resolvo ir com eles.
Encontramos Hilda chegando no prédio, parece não saber da correria.
– Você lembra para quem entregou o fio?
É o que pergunta Helena.
– Ah, sim, o fio foi entregue à pintora Georgina, já deve ter feito bom uso.
Neste desencontro, todos sorriram aliviados, estava desenrolado o novelo, agora era pegar o que sobrou e finalmente encontrar o fio da meada.
